PREFEITURA AGE RAPIDAMENTE PARA COIBIR EFEITOS DE CHUVA COM VOLUME MAIS ALTO NOS ÚLTIMOS OITO ANOS

A noite de quinta-feira, dia 2 de janeiro, trouxe muita chuva e ventos fortes para Serra Negra. De acordo com a Coordenaria Municipal de Defesa Civil, foram 92 milímetros de água acumulados em 32 minutos. “A previsão era de 35 mm, choveu perto de 92 mm e acumulou 98,6 mm em 24 horas. Não estava programada em nosso sistema, foi uma tempestade. A última vez que tivemos um volume nessa proporção faz mais de oito anos”, comentou o coordenador, que lembrou também a força do vento. “O pessoal está falando da chuva, mas o que derrubou postes e árvores foi o vento intenso, de quase 70km/h”.

PREFEITURA AGE RAPIDAMENTE PARA COIBIR EFEITOS DE CHUVA COM VOLUME MAIS ALTO NOS ÚLTIMOS OITO ANOS

Tempestade traz 92 mm de água em 32 minutos com ventos de quase 70 km/h
A noite de quinta-feira, dia 2 de janeiro, trouxe muita chuva e ventos fortes para Serra Negra. De acordo com a Coordenaria Municipal de Defesa Civil, foram 92 milímetros de água acumulados em 32 minutos. “A previsão era de 35 mm, choveu perto de 92 mm e acumulou 98,6 mm em 24 horas. Não estava programada em nosso sistema, foi uma tempestade. A última vez que tivemos um volume nessa proporção faz mais de oito anos”, comentou o coordenador, que lembrou também a força do vento. “O pessoal está falando da chuva, mas o que derrubou postes e árvores foi o vento intenso, de quase 70km/h”.
Apesar de toda a força da tempestade, não houve vítimas. A Defesa Civil e a Prefeitura Municipal, por meio das Secretarias de Serviços Municipais, Governo, Assistência Social e Saúde, agiram rapidamente, enviando equipes para limpeza das ruas e desobstrução de bueiros.
A chuva forte teve início às 18h28 e foi até 19h32. O coordenador explicou que o Centro foi o mais atingido, mas houve ocorrências de alagamentos, quedas de árvores e barrancos em diversos bairros, como bairro das Palmeiras. Ainda de acordo com ele, a ocorrência de maior risco foi a queda de um muro, que atingiu uma residência abaixo, no Campo do Sete, também na região central.
O vice-prefeito, que também responde pela presidência do Conselho Municipal de Defesa Civil, esteve nas ruas acompanhando as equipes de trabalho. “Nós estávamos acompanhando a chuva, mas o que cai de água não é controlável. Agradeço o empenho de todos que se uniram nessa ação. Utilizamos toda a frota de máquinas, caminhões e caminhões de água necessários”, informou.
O coordenador da Defesa Civil lembra ainda a importância de os proprietários de imóveis realizarem manutenções constantes nas calhas de água de chuva, construindo onde não tem e realizando a limpeza das existentes. “A calha contém a força, enviando a água para a rua. Porque se a água ficar no quintal, a água infiltra no solo do barranco e fica contida, derrubando o muro”.
A Defesa Civil mantém seu trabalho de fiscalização nos bairros e vistoriando os imóveis. Os moradores que verificarem trincas na estrutura da casa, podem acionar a Defesa Civil pelo telefone (19) 9.9644.1680. “Pedimos também que evitem jogar raízes, cortes de árvores. Infelizmente, aqueles que têm propriedades na beirada do rio, vão cortando bananeiras e deixam no leito do rio. A chuva forte vem e traz tudo para o Centro da cidade. E muito saco de lixo. Já presenciei morador jogando na correnteza.
A previsão de chuva permanece para a cidade de Serra Negra.


Ações da Prefeitura
Dentro do que está ao seu alcance, a Prefeitura tem procurado adotar todas as medidas necessárias para amenizar esse problema. Entre essas ações, está o desassoreamento do Lago do Caruso, no Campo do Sete; limpeza do Ribeirão Serra Negra; intervenções num imóvel Rua 26 de outubro, no Jardim Serrano (para conter as águas pluviais que atravessam a Mata dos Froes e invadem com toda força o terreno do imóvel, descendo até as ruas do Centro); melhorias em tubulações de águas pluviais na zona urbana e rural. “Entretanto, essas medidas são apenas paliativas. O problema é crônico no município há mais de 30 anos e desde 2017, quando assumimos a gestão municipal, temos tentado junto ao governo do Estado o desenvolvimento de projetos e a obtenção de recursos para encontrar uma solução definitiva, tamanha necessidade e complexidade”, destacou o vice-prefeito.
Técnicos do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) estiveram presentes em Serra Negra no dia 28 de maio de 2019, quando discutiram o combate às enchentes, apresentaram exemplos de projetos desenvolvidos pelo DAEE no estado e percorreram, acompanhados de engenheiros da Prefeitura, trechos dos cursos da água e nascentes do centro urbano do município a fim de desenvolver estudos e chegar a uma conclusão das obras ideais para resolver as enchentes no município.
A Prefeitura tem aguardado desde então por parte do órgão uma conclusão de um estudo hidrológico - com base em levantamentos de todas as sub-bacias do Ribeirão Serra Negra - que indique os pontos notáveis para implantação de reservatórios de amortecimento de cheias e a ordem de grandeza das intervenções necessárias para o efetivo controle de enchentes no município.
Como se mede a chuva
Dizer que em uma região choveu 100 mm significa dizer que em uma área de 1 m2, a lâmina de água formada pela chuva que caiu apresenta uma altura de 100 milímetros. Esse volume pode ser obtido calculando o volume do paralelepípedo de 1 m2 de área da base e altura de 100 mm = 0,1 metros.

Assim, o volume da chuva será dado por:
V = (área da base) x altura
V = 1 x 0,1 = 0,1 m3

Esse volume pode ser determinado em litros, lembrando que 1 m3 = 1000 litros.

Assim, uma chuva de 100 mm equivale a um volume, em litros, de:
V = 0,1 x 1000 = 100 litros

Isso implica dizer que, para cada metro quadrado da região, houve uma precipitação de 100 litros.

 

Fotos: